Prevenir a Doença de Alzheimer não é apenas uma questão de genética, mas sim uma estratégia proativa de saúde que se estende por toda a vida. A literatura científica moderna enfatiza que a adoção de hábitos saudáveis pode atuar como uma poderosa ferramenta de prevenção, sendo possível modificar até 40% dos casos de demência através da intervenção em fatores de risco. Essa abordagem holística, que prioriza a saúde cardiovascular e a estimulação cognitiva, é fundamental para preservar a reserva cerebral e promover um envelhecimento funcional.
A prevenção eficaz do Alzheimer está ligada ao controle rigoroso de cinco fatores de risco modificáveis amplamente reconhecidos, muitos dos quais compartilham vias de risco com doenças cardíacas e diabetes. O primeiro é o Controle dos Fatores de Risco Cardiovascular, como a Hipertensão Arterial e o Diabetes Tipo 2, que, quando tratados adequadamente, podem reduzir significativamente o risco de Alzheimer. Em segundo lugar, está o Combate ao Sedentarismo: a prática de atividades físicas regulares, mesmo que moderadas, melhora a circulação sanguínea no cérebro e promove a neurogênese.
O terceiro fator crucial é a Estimulação Cognitiva e o Nível Educacional, pois o baixo nível de escolaridade é um fator de risco significativo que reduz a chamada “reserva cognitiva”. Manter a mente ativa através de leitura, aprendizado contínuo (como um novo idioma), e jogos desafiadores (palavras cruzadas, quebra-cabeças) é vital para fortalecer o cérebro. O quarto fator é o Cuidado com a Saúde Mental e Social, visto que a Depressão e o Isolamento Social aumentam os riscos de demência. Manter uma vida social ativa e buscar acompanhamento profissional para transtornos de humor são essenciais para a saúde cerebral a longo prazo.
Por fim, o quinto fator abrange o Estilo de Vida e a Saúde Auditiva/Visual. Inclui o controle de fatores como o Tabagismo e o Consumo Excessivo de Álcool, que são diretamente prejudiciais ao tecido cerebral. Adicionalmente, tratar a Perda Auditiva e a Perda de Visão não tratada (como catarata) pode reduzir significativamente o risco, pois esses déficits sensoriais promovem o isolamento social e reduzem o estímulo cognitivo, integrando-se, portanto, ao quadro de prevenção do declínio cognitivo. A conscientização sobre esses hábitos permite que cada indivíduo atue ativamente para reduzir a incidência e a gravidade da Doença de Alzheimer.