A hora de dormir é um momento crucial para a saúde e o bem-estar, e para casais, a decisão de compartilhar a cama ou optar por quartos separados pode ter impactos significativos na qualidade do sono e no relacionamento. Enquanto o romantismo tradicional defende a cama compartilhada como símbolo de intimidade e união, a ciência do sono, com pesquisas da US National Sleep Foundation, começa a questionar essa tradição e apresentar novas perspectivas sobre o tema.
Estudos da National Sleep Foundation indicam que uma parcela crescente de casais opta por dormir separadamente, buscando melhorar a qualidade do sono e preservar a saúde do relacionamento. Um estudo de 2018 revelou que mais de 75% dos adultos que vivem com seus parceiros compartilham a cama com eles, mas pesquisas mais recentes apontam para um aumento na procura por quartos separados. As razões são diversas e vão desde ronco, movimentos noturnos e diferenças nos horários de sono até a busca por maior conforto e individualidade.
Dormir junto pode trazer benefícios como aumento da sensação de segurança e conexão emocional, liberação de oxitocina (o “hormônio do amor”) e facilidade na comunicação. No entanto, compartilhar a cama também pode comprometer a qualidade do sono, especialmente se um dos parceiros se movimenta muito, ronca ou tem horários de sono diferentes. A privação de sono pode levar a problemas de saúde como irritabilidade, dificuldade de concentração, aumento do estresse e risco de doenças cardiovasculares.
A decisão de dormir junto ou separado deve ser tomada em conjunto pelo casal, considerando as necessidades e preferências de cada um. É importante conversar abertamente sobre o assunto, avaliando os prós e contras de cada opção. Se a escolha for por dormir em camas separadas, é fundamental manter a intimidade e a conexão emocional através de outros momentos de qualidade juntos, como beijos, abraços e conversas antes de dormir.
Em última análise, o importante é priorizar a qualidade do sono e o bem-estar do casal. Se dormir junto funciona bem e não afeta o sono de nenhum dos parceiros, não há motivo para mudar. Mas se o sono está sendo prejudicado e isso afeta a saúde e o relacionamento, dormir em camas separadas pode ser uma solução válida e saudável. O importante é encontrar um equilíbrio que funcione para ambos e permita que o casal desfrute de noites tranquilas e reparadoras.