O metanol é uma substância altamente tóxica destinada a usos industriais, como solventes e combustíveis, que representa um grande risco à saúde quando ingerida por engano ou em bebidas adulteradas. Inicialmente, a intoxicação por metanol pode parecer semelhante a uma bebedeira comum, com sintomas como náuseas, tontura e dor abdominal, mas rapidamente se agrava, levando a alterações visuais severas, como visão turva ou perda total da visão, além de confusão mental.
A toxicidade do metanol ocorre porque ele é metabolizado no fígado em compostos extremamente perigosos: formaldeído e ácido fórmico, que danificam o sistema nervoso, especialmente o nervo óptico, e alteram o equilíbrio ácido-base do sangue, causando acidose metabólica. Essa condição pode sobrecarregar órgãos vitais como coração, pulmões e rins, aumentando o risco de falência múltipla de órgãos.
Mesmo pequenas quantidades de metanol podem provocar danos graves e irreversíveis, incluindo cegueira e morte. O metanol não possui dose segura para ingestão humana, e casos graves já foram documentados após a ingestão de volumes mínimos. Por isso, a rápida identificação dos sintomas e a busca urgente por atendimento médico são fundamentais para evitar consequências fatais.
O tratamento consiste na administração de antídotos, como o etanol intravenoso, que competem com o metanol pela metabolização no fígado, além de medidas de suporte como hemodiálise para eliminar as toxinas e correção do equilíbrio ácido-base. A conscientização da população e a fiscalização rigorosa contra a venda de bebidas adulteradas são essenciais para prevenir intoxicações e proteger a saúde pública.